A primeira contribuição da América para a fabricação de velas foi marcada pelas mulheres coloniais que descobriram que ferver o bayberry produzia uma cera de cheiro doce que queimava sem fumaça. Naquela época, a fabricação de velas era uma necessidade das mulheres coloniais que hoje se tornou um passatempo prazeroso.
A fabricação de velas na época colonial era feita principalmente com sebo (gordura animal). Para isso, o sebo era fervido até que a água evaporasse e a sujeira pudesse ser removida. As mulheres coloniais geralmente usavam um “método de imersão em sebo”, onde pavios de vela feitos de algodão eram mergulhados em uma panela de sebo derretido. Mas eles exalavam um odor desagradável e não queimavam bem. Os colonos acabaram descobrindo que a murta exalava uma fragrância agradável quando adicionada à cera e também resistia a altas temperaturas e queima constante.
Mas produzir velas de murta acabou sendo muito trabalhoso, pois era muito difícil extrair a cera delas. Fazer velas com a ajuda de cranberries acabou sendo um processo muito cansativo e demorado, que se mostrou muito difícil para as mulheres coloniais, pois eram necessários oito quilos de cranberries para produzir um quilo de cera. Embora a cera de abelha estivesse prontamente disponível e também queimasse sem qualquer odor, essas velas eram caras e apenas os ricos podiam comprá-las.
No final do século 17 e início do século 18, descobriu-se que o processo de fabricação de velas coloniais poderia ser realizado com o auxílio de cera gerada a partir de óleo de cachalote cristalizado conhecido como cera de espermacete. Como a cera de abelha, a cera de espermacete também era inodora e mais dura do que o sebo, louro e cera de abelha. Além disso, também não amoleceu com as mudanças de temperatura durante o verão e queimou por mais tempo. A arte da fabricação de velas coloniais testemunhou a fabricação de sua primeira “vela padrão” usando cera Spermaceti.
A arte da vela colonial praticava o uso de moldes de velas. Uma vez que mergulhar pavios em sebo para engrossá-los para uso durante a noite era dificultado por deformidades de temperatura, esse inconveniente abriu caminho para a descoberta de moldes de velas. As primeiras mulheres coloniais usavam moldes de madeira que mais tarde foram substituídos por moldes de velas feitos de estanho, chapa de ferro ou estanho. A fabricação de pavio na América colonial era responsabilidade das crianças, feitas mergulhando o cânhamo em salitre, que era então torcido e dobrado para formar um laço em uma das pontas. Esses pavios eram colocados dentro dos moldes e sebo ou cera quente era despejado neles. Depois que o sebo ou cera esfriava e endurecia, era mergulhado em água quente para desenformar a vela. Essa vela liberada foi então polida com um pano. As mulheres coloniais consideravam esse processo mais fácil de fazer velas do que passar dias mergulhando velas.
O final do século 18 viu a invenção da lâmpada e o século 19 viu o uso de cera de parafina à base de petróleo, levando ao declínio da arte colonial de fabricação de velas, que se transformou de uma necessidade em um passatempo agradável atualmente.